
Mito 1: “Pessoas com autismo são todas iguais.”
Fato: O autismo é um espectro, e isso significa que ele se manifesta de maneira única em cada pessoa. Algumas pessoas autistas podem ser mais verbais e socialmente interativas, enquanto outras podem ter dificuldades em comunicação e socialização. O que une todas as pessoas no espectro é a presença de características comuns, como dificuldades de comunicação e comportamentos repetitivos, mas o modo como isso se expressa varia muito de pessoa para pessoa.
Exemplo prático: Enquanto uma criança autista pode adorar interações sociais em pequenos grupos, outra pode preferir atividades solitárias e se sentir desconfortável com muito estímulo. Cada experiência é individual.
Mito 2: “Autismo é causado por má criação dos pais.”
Fato: O autismo é uma condição neurológica que ocorre devido a fatores genéticos e, possivelmente, ambientais, mas não é causado por algo que os pais fizeram ou deixaram de fazer. Esse mito teve origem em teorias ultrapassadas e desmentidas, como a ideia da “mãe-geladeira”, que erroneamente responsabilizava as mães pelo autismo dos filhos.
A ciência nos mostra que os genes desempenham um papel importante no autismo, e fatores ambientais durante a gestação também podem influenciar, mas não há relação com a criação dos pais.
Mito 3: “Pessoas autistas não têm empatia.”
Fato: Pessoas autistas podem, sim, ter empatia, e muitas vezes em um nível elevado. No entanto, elas podem ter dificuldades em expressar ou compreender sinais sociais de uma maneira convencional. Isso não significa que não sintam ou se importem com os outros; apenas interpretam e demonstram empatia de forma diferente.
Um estudo recente indicou que, ao contrário do estereótipo, algumas pessoas autistas possuem uma empatia até mais intensa, mas podem ter dificuldades em responder de uma forma que as outras pessoas percebam como empática.
Mito 4: “Pessoas com autismo preferem viver isoladas.”
Fato: Embora algumas pessoas autistas prefiram ficar sozinhas ou em ambientes mais tranquilos, isso não significa que não queiram interagir com os outros. Muitas pessoas autistas desejam conexões e amizades, mas enfrentam dificuldades em compreender nuances sociais e podem se sentir sobrecarregadas em ambientes com muitos estímulos.
Dica para amigos e familiares: Incentivar a interação respeitando os limites da pessoa autista ajuda a criar um ambiente de conforto e segurança para o desenvolvimento de conexões.
Mito 5: “A pessoa autista não conseguirá ter uma vida independente.”
Fato: Muitas pessoas autistas levam uma vida independente, desenvolvem carreiras, têm relacionamentos e formam famílias. Embora algumas possam precisar de apoio adicional para certas atividades, muitas conseguem alcançar a autonomia e, quando têm o suporte necessário, contribuem com talentos e habilidades únicos para suas comunidades.
Exemplo real: Existem muitas histórias de pessoas autistas bem-sucedidas nas áreas de tecnologia, arte, ciência, entre outras, que demonstram que a autonomia é totalmente possível.
Conclusão
Desmistificar o autismo é um passo essencial para uma sociedade mais inclusiva. Compreender que o autismo é um espectro, cheio de nuances e diferenças, ajuda a quebrar estigmas e a respeitar a individualidade de cada pessoa autista. Os mitos abordados acima são alguns dos mais comuns, mas, ao conhecer os fatos, podemos apoiar e acolher as pessoas autistas de maneira mais consciente e sensível.
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