O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é cercado por desinformação, o que prejudica tanto as pessoas autistas quanto suas famílias. Para combater preconceitos, é fundamental desmascarar os mitos que persistem. Neste artigo, vamos apresentar cinco desses equívocos, explicar a verdade por trás deles e compartilhar curiosidades que ajudam a entender melhor o autismo.
1. “Autismo é causado por vacinas”
Esse é, talvez, o mito mais perigoso sobre o autismo. Ele surgiu na década de 1990, quando um estudo falso associou a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ao TEA. Desde então, pesquisas científicas em larga escala, incluindo uma que analisou mais de 650 mil crianças na Dinamarca, confirmaram que não existe nenhuma relação entre vacinas e o autismo. A vacinação é essencial para prevenir doenças graves e não deve ser evitada por causa de informações erradas.
2. “Todo autista tem habilidades extraordinárias”
Personagens como o de filmes e séries que retratam autistas como gênios alimentam a ideia de que todos possuem habilidades excepcionais, como memória fotográfica ou talento em matemática. Na realidade, apenas cerca de 10% das pessoas autistas apresentam o chamado síndrome de savant, caracterizada por talentos acima da média em áreas específicas. A maioria das pessoas com TEA tem habilidades variadas, como qualquer outra pessoa, e o foco deve estar em compreender e valorizar suas particularidades.
3. “Pessoas autistas não sentem emoções”
Esse mito perpetua a visão de que pessoas autistas são “frias” ou incapazes de criar laços afetivos. Na verdade, o que acontece é que algumas delas podem ter dificuldades em expressar emoções de maneira que outros entendam facilmente. Estudos mostram que autistas experimentam sentimentos intensos, e muitos criam vínculos profundos com familiares, amigos e até animais de estimação.
4. “Autismo só afeta crianças”
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, começa na infância, mas acompanha a pessoa por toda a vida. Apesar de os sinais serem frequentemente diagnosticados na infância, muitos adultos só descobrem que são autistas mais tarde, principalmente aqueles com suporte menor ou que não foram identificados precocemente. Ignorar o diagnóstico em adultos pode limitar o acesso a suporte adequado em diferentes fases da vida.
5. “Autismo tem cura”
Autismo não é uma doença; é uma condição que reflete diferenças no funcionamento neurológico. Portanto, não faz sentido falar em cura. O que existe são terapias e intervenções, como a análise do comportamento aplicada (ABA), que ajudam pessoas autistas a desenvolver habilidades e enfrentar desafios do dia a dia. Mais importante do que buscar “curar” o autismo é garantir que essas pessoas tenham uma vida plena e inclusiva.
Curiosidade: O autismo é mais comum do que você imagina
Estima-se que 1 em cada 36 crianças esteja dentro do espectro autista, de acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA). Esse número reflete tanto a maior conscientização sobre o TEA quanto os avanços no diagnóstico.
Por que é importante desmistificar o autismo?
Mitos criam barreiras que dificultam a inclusão e perpetuam preconceitos. Quando entendemos o que é o TEA, conseguimos construir uma sociedade mais acolhedora e justa. O primeiro passo é compartilhar informações corretas e combater a desinformação com empatia e ciência.
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