O uso do canabidiol (CBD) no tratamento de sintomas associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem ganhado destaque. Com propriedades ansiolíticas e anti-inflamatórias, o CBD está sendo investigado como um aliado para aliviar desafios como hiperatividade, agressividade e dificuldades de interação social. Vamos explorar o que as pesquisas recentes têm revelado.
Como o CBD Funciona?
O CBD atua no sistema endocanabinoide, responsável por equilibrar funções como humor, apetite e resposta ao estresse. Em pessoas com TEA, que muitas vezes apresentam desequilíbrios nesse sistema, o CBD pode ajudar a estabilizar neurotransmissores, promovendo maior tranquilidade e melhor regulação emocional
VEJA.
O Que as Pesquisas Dizem?
- Resultados Promissores: Estima-se que cerca de 70% dos pacientes tratados com CBD apresentam melhorias em aspectos como comunicação, socialização e controle de impulsos. Muitos pais também relataram menos episódios de irritabilidade e comportamentos repetitivosCorreio BrazilienseVEJA.
- Menos Medicamentos Convencionais: Um dos benefícios observados é a redução da necessidade de outros remédios, como antipsicóticos, que podem causar efeitos colaterais severos. Em um estudo, 74% dos participantes diminuíram ou suspenderam pelo menos um medicamento tradicionalVEJA.
- Efeitos Colaterais e Monitoramento: Apesar dos avanços, o CBD não é isento de efeitos adversos. Alguns usuários relataram sonolência, alterações no apetite e desconforto gastrointestinal. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para ajustar doses e evitar interações medicamentosasSciELORecima21.
Desafios no Caminho
Embora o potencial do CBD seja promissor, há barreiras importantes:
- Pesquisas Limitadas: Os estudos ainda são pequenos e muitas vezes não incluem grupos de controle robustos, dificultando a validação científica amplaVEJA.
- Custo e Acessibilidade: O preço elevado do CBD medicinal e os processos burocráticos para sua obtenção tornam difícil o acesso para muitas famíliasVEJA.
- Questões de Segurança: Produtos que incluem THC, ainda que em pequenas quantidades, podem apresentar riscos, especialmente para crianças em fase de desenvolvimentoVEJA.
O Que Esperar do Futuro?
Com mais pesquisas em andamento, espera-se que os dados sobre o CBD no TEA se tornem mais sólidos. Enquanto isso, o uso do canabidiol deve ser visto como um complemento às terapias já existentes, e nunca como uma solução isolada.
Se você está considerando o CBD como uma opção, procure sempre orientação médica. Cada caso é único, e a personalização do tratamento é essencial para alcançar os melhores resultados. O importante é que as famílias e os profissionais de saúde estejam bem informados, para juntos tomarem decisões seguras e conscientes.
Esse pode ser um novo passo na busca por qualidade de vida para indivíduos com TEA, mas o caminho ainda está em construção.